quarta-feira, 2 de março de 2011

Aprovados LCVA - FAMECA 2011

1º Ano
- Amanda Melim Bento
- Graziela Couto de Carvalho
- Lara Buonalumi Tácito Yugar
- Renan Isa Botura
- Thaís Kestenbaum Mangonaro

2º Ano
- Andréia Augusta Furukawa Okuda
- Dayana Mayuri Narimatsu
- Mariama Nakamoto Fernandes dos Santos
- Micael Hamra Pereira

3º Ano
- Fernando Garcia Netto
- Heitor Vieira Nogueira

Parabéns aos aprovados!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Amputações

Amputação é uma palavra que deriva do latim, com o seguinte significado: ambi= em volta de; e putatio= podar/retirar.
Podemos definir amputação como sendo a retirada, normalmente cirúrgica, total ou parcial de um membro. Para os pacientes menos esclarecidos, o termo “amputação” está relacionado com o terror, derrota e mutilação, trazendo de forma implícita, uma analogia com a incapacidade e a dependência.
No entanto a amputação, de uma forma geral, provocada quer por problemas vasculares, traumatismo, diabetes, tumor, quer por deformidade congénita deve ser encarada como:

1.Uma forma de tratamento, o qual desembaraça, a maior parte das vezes os pacientes de uma extremidade dolorosa e frequentemente inútil (Downie, 1983);
2.O único meio de fornecer uma melhoria de qualidade de vida (QV) e não um fim em si mesmo, sendo um processo através do qual se alcançam novos horizontes (Cruz, 1994).
Por vezes, a amputação de um membro corresponde mesmo ao último recurso para salvar uma vida.

A amputação é a perda de uma parte do “EU”, em que a imagem corporal fica comprometida e profundamente alterada. Esta alteração produz uma desvantagem física permanente, provocando muitas vezes alterações das necessidades fisiológicas, psicológicas e sociais.
Para a padronização da terminologia ortoprotésica foi desenvolvido uma sistema de classificação internacional para a definição dos níveis de amputação:

1.Parcial de dedos e pé – Excisão de qualquer parte de um ou mais dedos do pé;
2.Desarticulação do nível da articulação metatarso-falângica;
3.Parcial de dedo do pé/ ressecção em raio. Ressecção do 3º, 4º e 5º metatársicos e dedos;
4.Transmetatársico – amputação através da secção média de todos os metatarsos;
5.Symes – desarticulação da tíbio-társica, podendo envolver a remoção dos maléolos e das partes distais do peróneo e da tíbia;
6.Amputação transtibial – é realizada entre a amputação de Symes e a desarticulação do joelho. Podemos dividi-la em 3 níveis, ou seja, em amputação transtibial do terço proximal, médio e distal. Para esses níveis, devemos considerar a importância funcional da articulação do joelho na reabilitação e na deambulação dos pacientes amputados.

Amputações Vasculares
As amputações em pacientes com obstrução arterial (associados ou não à Diabetes mellitus) representam a maior percentagem (cerca de 75%) das amputações dos MIs, sendo representada mais frequentemente pela população com idade superior a 50 anos (Carvalho, 2001; Mimoso, 2001; Schoppen et al, 2001).
Segundo Eskelinen, et al (2004), no ano 2000, a incidência de AMI era de 154 por cada milhão de habitantes na Finlândia, sendo a principal razão a isquémia crónica (71,8%) enquanto que a isquémia aguda provocava 16,5% dos casos. Após 1 ano, somente, 48% dos pacientes continuavam vivos.
A cirurgia nestes casos está associada a uma alta taxa de mortalidade operatória, baixos índices de reabilitação e altas taxas de mortalidade tardia, assim como a perda do membro contra-lateral (Buzato et al, 2001; Kiss et al, 2001; Leite, et al, 2001; Raviola et al, 1988; Tunis et al, 1991).
Para Horta (1997), os fatores de risco de amputação de causa vascular são: tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, sedentarismo, hipermicemia, hiperlipidemia, excesso de peso, antecedentes familiares, stress.
Os níveis de amputação mais frequentes nesta causa são o pé e o transfemural (Maître, 1996; O’ Sullivan, 1993). E apenas 24% de todos os indivíduos amputados por esta causa são protetisáveis. (Maître, 1996)
Estes pacientes apresentam como característica uma menor capacidade de cicatrização dos tecidos devido a menor irrigação, o que representa um problema para toda a equipa de reabilitação e cirurgião (Menezes, 2001).

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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Terapia com sanguessugas

As sanguessugas pertencem à família das minhocas (anelídeos). Existem mais de 300 tipos de sanguessugas, dos quais o Hirudo medicinalis é o mais conhecido.
Quando está faminta — isto é, quando é aplicada no doente — a sanguessuga pesa de um a três gramas e tem de quatro a oito centímetros de comprimento. Quando está satisfeito e repleto de sangue, o animal aumenta de quatro a cinco vezes o seu volume. Isso é possível, porque ele armazena grande quantidade de sangue em seu estômago, como provisão.
A sanguessuga tem um corpo chato, com um sugador em ambas as extremidades, para se prender. Sua cor é marrom escuro, até preto, e no meio das costas tem um risco esverdeado. Ela pode viver até 27 anos. O sangue assimilado pela sanguessuga, liqüefeito pela Hirudina, é digerido entre 5 e 18 meses, durante os quais ela não precisa de alimento.
Na terapia foi usada, e é utilizada ainda hoje com sucesso, para problemas do sistema venoso, onde existe excesso de sangue, onde existe congestão no tecido e para a rápida melhoria de um hematoma. Enquanto a terapia com sanguessugas era muito comum, hoje infelizmente é utilizada por pouquíssimos terapeutas e recusada por pacientes que sentem nojo.
O terapeuta pode colocar o animal exatamente no lugar onde deve realizar o seu trabalho benéfico; ali a sanguessuga se prende e não muda um centímetro de lugar, até estar gorda e cair sozinho numa vasilha.





O que acontece?
As substâncias biologicamente ativas que compõem a secreção das glândulas salivares das sanguessugas servem para desinfetar o sangue e a saliva das sanguessugas. Mas essas substâncias também são indispensáveis para os seres humanos: elas melhoram algumas propriedades do sangue, afetam o fluxo sanguíneo e as paredes vasculares. Evidentemente, uma sanguessuga, por natureza, cuida de si própria, e não da pessoa: ela protege-se da flora patogênica, melhora a qualidade do sangue e faz com que os vasos sanguíneos fiquem mais fácil de morder, muda o caráter do fluxo sanguíneo para consumir mais sangue, sem nenhum esforço especial. Tudo isso é muito importante para as sanguessugas, mas um doente pode também aproveitar para se livrar de alguns problemas. De acordo com os impactos sobre o corpo humano, os componentes da secreção das sanguessugas são divididos em três grupos principais. O primeiro grupo tem impacto no sistema imunitário humano e microflora patógena, e, consequentemente, tem efeito anti-inflamatório, bacterioestático e imunoestimulador. O segundo grupo de enzimas, que atuam no nível da parede dos vasos sanguíneos, possui efeito antiaterosclerótico e como anti-isquémico. Finalmente, o terceiro grupo de enzimas, que influenciam a circulação do sangue e linfa, são úteis para um paciente pelo seu efeito hipotensivoe acelerador de fluxo linfático. Os mais importantes componentes do extrato de secreção das glândulas salivares de sanguessugas são incomuns em suas propriedades de proteínas funcionais: hirudina, destabilaza, orgelaza, antistazin, dekorzin, kalin, eglin e alguns outros compostos. O mais importante e imprescindível para organismo humano na secreção de sanguessuga - é hirudina. Esta substância inclui um conjunto de aminoácidos, particularmente a glutamina, asparagina, lisina, cistina, glicina, serina, e outros. É a Hirudina nos devemos o fato de que as sanguessugas podem curar uma pessoa de coágulos sanguíneos e prevenir a formação de novos, limpar o sistema circulatório. É por isso que usar de modo eficaz dos sanguessugas em tromboflebite, varizes, doença isquêmica do coração, prevenção de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais. O mesmo efeito tem outra enzima - destabilaza com um poderoso efeito anti-esclerótico. A outra enzima da secreção das glândulas salivares das sanguessugas - orgelaza ainda promove a formação de novosvasos sanguíneos. Como resultado da Hirudotherapia, devido à influência da composição da secreção nas paredes dos vasos, dissolvem-se os coágulos de sangue e diminui a edema, nos órgãos danificados restabelece-se fluxo normal de fluidos. Além dos efeitos sobre os vasos sanguíneos, o extrato de sanguessuga tem efeito antibacteriano, que é usado no tratamento de várias doenças infecciosas. Sabe-se que após a aplicação de sanguessugas melhora do estado geral do paciente: normaliza-se pressão arterial e temperatura corporal, restabelece-se o apetite e o sono, melhoram os processos metabólicos do corpo, desaparecem as dores e os espasmos vasculares, incluindo dos vasos coronárias e cerebrais. Além disso, graças a um dos componentes do extrato - hialuronidase - facilita-se a penetração das várias substâncias medicinais no organismo do paciente, aumenta a permeabilidade dos tecidos e paredes vasculares. Eis porque o tratamento com sanguessugas é tão eficiente: produzidas por elas substâncias medicamentosas penetram no sangue de um paciente na íntegra e exercem uma influência poderosa no organismo humano.

A aplicação das sanguessugas descrita por médicos
A farmácia fornece, na Alemanha, as sanguessugas em um pequeno recipiente de gargalo amplo, com água fresca não clorada. Antes da aplicação, a água é trocada, o que torna as sanguessugas mais vivas. O local da aplicação é limpo com água e sabão, sendo contra-indicada a desinfecção com álcool, éter ou sabonete perfumado, pois nesse caso a sanguessuga não pega. É possível aplicar cada sanguessuga individualmente no local desejado, por meio de um copo de licor.
Quando a sanguessuga pegou, deixamos sugar até estar cheia e cair por si só. Desta forma, aumenta 4 a 5 vezes o seu volume, no decorrer de meia a uma hora. Para retirar a sanguessuga antes de ela cair, cobrimos com um pouco de sal. A sanguessuga suga aproximadamente 5 a 8 g de sangue. Somando o volume de sangue que escorre após a caída da sanguessuga, obtemos, para cada sanguessuga, segundo o local do corpo, o triplo de sangue.
Não é aconselhável reutilizar a sanguessuga!
Muito importante para o efeito curativo é o sangramento da ferida após a queda da sanguessuga. Segundo o estado do paciente, podemos deixar o sangramento continuar durante 4 a 12 hs (eventualmente ainda mais).
O ideal é colocar as sanguessugas. de manhã cedo e ficar controlando o paciente durante o dia, até mais tarde à noite — para evitar eventual colapso em pessoa muito fraca.
Cobrimos a mordida com algodão, que trocamos com freqüência.
A quantidade de ss varia de 1 a 20, segundo a doença, a localização, idade e o estado do doente.

Contra-indicações
A aplicação de sanguessugas é contra-indicada quando o doente é hemofílico, anêmico ou raquítico. Também aconselha muito cuidado quando o doente toma medicamentos que contenham mercúrio. Também quando existem gangrena do diabético e precárias condições de cicatrização, a aplicação da sanguessugas é problemática.



fontes:
http://www.taps.org.br/
http://www.fisiozone.com/

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mitos e Verdades sobre Varizes de Membros Inferiores

As feias e incômodas veias doentes nas pernas -as varizes- atormentam a maioria das mulheres e uma boa parte da população masculina. Mesmo assim, muita gente ainda tem dúvidas sobre as causas e efeitos desse problema. Confira a resposta para as mais comuns delas:

•"As varizes são um problema genético"- Verdade. Se a sua mãe ou o seu pai tem varizes , são maiores as chances de que você venha a sofrer com o problema.
•"A prática de esportes causa varizes"- Mito. O exercício físico estimula a circulação do sangue e, com isso, previne o aparecimento de veias doentes.
•"A cirurgia de varizes é de alto risco"- Mito. Muita gente teme a intervenção cirúrgica, mas o procedimento está cada vez mais seguro. A retirada de cada veia doente é feita com uma pequena incisão de apenas 1mm, e a anestesia é controlada por equipamentos, que monitoram o sono do paciente.
•"Ao retirar as varizes com a cirurgia, terei a circulação do sangue prejudicada"- Mito. Pelo contrário: ao retirar as veias doentes, que estavam direcionando o sangue para o sentido errado, a circulação melhorará.
•"A depilação e o cruzar de pernas causam varizes"- Mito. Aos dois fatores não interferem em nada no aparecimento de veias doentes.
•"Meias elásticas ajudam na circulação"- Verdade, mas nem sempre. As meias elásticas podem aliviar as dores nas pernas e facilitar a circulação do sangue se forem apropriadas para a sua perna. O ideal é que a meia fique apertada na região do tornozelo, jamais na área dos joelhos . Caso contrário, ela será prejudicial.
•"As mulheres têm mais varizes do que homens"- Verdade. Alguns estudos dizem que as mulheres costumam ter de duas a três vezes mais varizes do que os homens. Elas identificam o problema mais facilmente, por depilar as pernas e deixá-la à mostra. Estima-se que um em cada cinco ou seis homens sofra com varizes, pricipalmente a partir dos 30 ou 40 anos.
•" A gravidez provoca varizes"- Verdade. Por conta da alteração hormonal,a gravidez é um dos principais causadores de varizes (os outros são: ingestão de hormônios femininos, seja por reposição ou por anticoncepcionais: genética, ficar muito tempo em pé ou sentado; e excesso de peso).
•"As varizes podem levar à trombose"- Verdade. Se a circulação do sangue ficar muito prejudicada por conta das varizes, existe o risco de formação de coágulos, que levam à Trombose Venosa Pofunda (TVP).
•"Anticoncepcional causa varizes"- Verdade. Geralmente sim, porque provoca alteração hormonal, uma das principais causas das veias doentes.
•"Salto alto causa varizes"- Mito. Um recente estudo do cirurgião João Potério Filho, da Unicamp, afirma que o salto alto beneficia a circulação e evita o aparecimento de varizes. De qualquer forma, é importante lembrar que o salto, quando usado diariamente por muitos anos, pode dificultar o trabalho da "batata da perna".Por isso, é importante alongar as panturrilhas antes e depois de usar o salto.
•"A alimentação influencia na formação de varizes"- Verdade, mas indiretamente. Uma alimentação equilibrada ajuda na manutenção.
•"Cremes melhoram o problema"- Mito. Não há comprovação científica de que cremes eliminem varizes e nada indica que possam refazer as paredes de uma veia danificada. É peda de dinheiro na certa.
•"Viagens muito longas criam o ambiente propício para a formação de varizes"- Verdade. Em trajetos longos de avião ou ônibus, por exemplo, nossas pernas costumam ficar muito tempo paradas na mesma posição e comprimidas, aumentando a dificuldade do sangue da perna em retornar ao coração e dando condições para a formação de varizes ou de coágulos no sangue (que por sua vez podem causar TVP ou embolia pulmonar). A dica é se hidratar bastante e mexer as pernas, com pequenas caminhadas ou o movimento de "sobe e desce" com tornozelo e os pés.

fonte: http://cardiovasc.com.br